sábado, 4 de dezembro de 2010

O ensino da Língua Portuguesa e a formação continuada.

     Nos dias atuais o professor não deve mais ser visto como o detentor do saber, mas aquele que ao mesmo tempo que ensina, está em constante processo de aprendizagem. Para isso, se torna necessário buscar as ferramentas de sua profissionalização,  embora a atualização não se construa através do acúmulo de cursos, os cursos de formação são espaços privilegiados de reflexão, investigação e avaliação da prática pedagógica.
     É importante que o professor busque a atualização em plena atividade, de modo a concretizar sua formação em situações efetivas em sala de aula par fazer as ligações com a teoria e a prática.
     O planejamento das aulas de Língua Portuguesa deve ser um trabalho voltado para o desenvolvimento de habilidades e competências de leitura, compreensão e produção de texto.Sabemos que a leitura e a escrita são condições essenciais para que o aluno compreenda o mundo, os outros e a si próprio. Por isso é interessante que o professor ofereça aos alunos momentos de reflexão no tratamento dos conteúdos, das regras e demais formalidades que a língua impõe de forma contextualizada. Aprender nomenclaturas e para que elas servem é importante também, mas refletir sobre as funções e as relações que se estabelecem na língua em uso pode ser muito mais exitoso.Acredito que o professor aponta caminhos para que os alunos descubram e construam de forma interativa os saberes.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Experiências de leitura e escrita na infância e juventude

CURSO DE PÓS - GRADUAÇÃO EM LETRAS E LINGUAGENS
Aluna: Sandra Cavalheiro Soares
Cidade: Dom Pedrito
Professora: Clara Dornelles
Disciplina:  Leitura e Letramento
Trabalho: Experiências de leitura e escrita na infância e na juventude.
     O campo e o trabalho braçal, durante vários períodos da humanidade, serviram de intuição para muitos escritores ajudar a construir a história  da literatura,  do povo e da nossa gente.E a vida dos personagens carregada de sofrimento, dor, resignação ou revolta foi o cenário das estórias e lendas que os nossos pais souberam  contar muito bem. Nem imaginávamos que a literatura já entrava na nossa casa e na em nossa vida, nas canções de ninar que mamãe cantava embalando os filhos para dormir.
     Quantas vezes fomos pegos olhando para o espaço tentando avistar nas noites escuras, algum fogo, ou algo luminoso girando pelos campos que fosse o Boitatá? Ou ainda, uma cegonha carregando um bebê em seu bico?
     Durante a Páscoa, eu colocava meu chinelinho na janela para ter a esperança (frustrada depois) de que o coelhinho deixaria um ovo, ou que o Papai Noel, no Natal, pudesse trazer um presentinho. Só com o tempo pude compreender que meu pai dispunha apenas de um cavalo e uma carrocinha, e que o local era de difícil acesso à cidade, e o dinheiro não era suficiente para comprar presentes para tantos filhos!Sempre que minha mãe perdia um objeto importante acendia uma velinha. Fazia alguns pedidos. E diante de nossos olhos curiosos explicava quem era o Negrinho do Pastoreio. Nos ensinava a respeitar e a crer que Ele nos ajudaria a encontrar tal objeto.
     Muitas vezes surpreendi minha mãe vibrando ou chorando com a novela que ouvia no rádio que trazia junto à trouxa de roupa que lavava na cacimba.
     Minhas irmãs mais velhas e suas amigas trocavam revistas de fotonovelas.Como eu achava lindas aquelas fotos...Mais tarde, os mesmos gibis eram lidos várias vezes, pois era muito rara a doação de um, por parte dos filhos de patrões da granja onde meus irmãos trabalhavam.
     Quando adolesci já morava na cidade. Surgiu o filme e o livro, Eu, Cristiane F, drogada e prostituída. Estive com o livro em mãos, mas não me chamou a atenção. Preferi ver o filme no cinema. Durante o curso Normal, (e também na faculdade), as professoras pediam alguns resumos dos clássicos de Machado de Assis, por exemplo. Eu lia apenas  algumas páginas.
     A primeira  leitura mais importante que fiz, jamais esquecerei!Estou me referindo à obra “O Pequeno Príncipe”, um romance francês de Antoine de Saint –Exupéry, publicado em 1943. Meu favorito até os dias atuais. Toda a criança, o jovem e o adulto  devem ler esse livro. Trata-se da terceira obra literária mais vendida no mundo (a Bíblia, ainda é a 1ª, e O Peregrino,o 2º), traduzido em várias línguas.O personagem, único habitante de um planeta distante nos ensina de forma filosófica e poética a conhecer o comportamento das pessoas, e tantos valores.Dentre eles:o amor, a amizade, a proteção,a obediência. A reflexão sobre aquilo que devemos cativar no outro, sobre a solidão e o isolamento,a ociosidade, o vício, e tantas coisas que nos prendem em nosso próprio ‘eu’.

P.S. Prof Clara gostou do meu texto? Foi exatamente assim que aconteceu minha experiência de leitura, ok?
   Estarei esperando seu comentário. Um abraço.